História do Tennis
Muito pouco se
sabe sobre a origem do tênis. Alguns crêem que ele surgiu como
uma variante dos antigos jogos de bola praticados por egípicios,
gregos e romanos. Outros acreditam que o tênis deriva de um jogo
romano chamado "harpastum", que foi adaptado pelo país
basco e recebeu o nome de "jeu de paume" porque a bola
era batida contra um muro com a palma da mão.
No século XII, o "jeu de paume" difundiu-se por toda a
França, com muitas modificações - tanto nas regras quanto na
configuração dos campos. Ele deixou de ser jogado com a bola
contra o muro, passando a ser praticado em um retângulo dividido
ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o "longue-paume",
que permitia a participação de até seis jogadores de cada
lado.
Mais tarde surgiu o "court-paume", jogo similar, jogado
em recinto fechado, mas de técnica mais complexa e exigindo uma
superfície menor para sua prática. As partidas eram disputadas
em melhor de 11 jogos, saindo vencedora a equipe que fizesse
primeiro os seis jogos. Eis porque, no tênis, os seis jogos
(games) definem, em regra, uma partida (set).
Somente no século XIV apareceu a raquete, invenção italiana,
que tornou o jogo de "paume" menos violento e mais
interessante, facilitando sua prática pelo resto da França.
O esporte logo atravessou o Canal da Mancha e, já neste século,
era muito conhecido em toda a Inglaterra, tendo o Rei Henrique
VIII como um de seus praticantes mais habilidosos.
Com o aparecimento da bola de borracha, em meados do século XIX,
surgiu na Grã-Betanha o tênis ao ar livre, ou "Real
Tennis", bastante semelhante ao "court-paume", mas
sem paredes laterais e de serviço.
Em 1873, o major inglês Walter Wingfield em serviço da Índia,
a pedido das ladies inglesas entendiadas por não terem o que
fazer, estudou os jogos precurssores do tênis e introduziu
alterações em suas regras.
Em 1874, Wingfield registrou a patente do jogo, ao qual se chamou
"Sphairistike" em homenagem aos gregos que assim
chamavam os exercícios feitos com auxílios de bolas.
Esse nome, no entanto, não durou muito, sendo logo substituído
por Tênis, que provavelmente deriva do francês
"tenez" que significa PEGA! e era exclamado quando o
jogador atirava a bola para o adversário.
O tênis (chamado nessa época de "tennis-in-lawn" por
ser jogado em quadras de grama), logo expandiu-se por toda a
Índia, impulsionado pelo entusiasmo das senhoras e logo chegou
à Ingaterra, desbancando o "cricket", maior sucesso da
época em terras britânicas.
A partir daí, o tênis teve suas regras modificadas e
uniformizadas para ser praticado em todo o mundo. Passou a fazer
parte da programação dos Jogos Olímpicos de 1896 a 1924 e foi
suprimindo nesse ano.
A partir de 1900, foi iniciada uma disputa da taça DAVIS, que
equivale ao campeonato mundial de equipes, repartidas por zonas
geográficas (americana, européia e oriental).
Na américa do Sul, o tênis tomou considerável impulso,
principalmente a partir de 1921, ano em que começou a
realizar-se a taça Mitre (campeonato sul-americano individual e
por equipes), e mais ainda depois de 1948, ao ser instítuida a
taça Patinõ (campeonato sul-americano individual e por equipes
juvenis), troféus que têm sido ganho várias vezes pelo Brasil.
Dos tenistas sul-americanos destacaram-se internacionalmente a
brasileira Maria Ester Bueno e o peruano Alex Olmedo, campeões
de Wimbledon.
No Brasil o tênis foi introduzido por estrangeiros no "Rio
Cricket", em Niterói e na "Wahallah", de Porto
Alegre, por volta de 1898, estando sua cordenação desde 1955 a
cargo na Confederação Brasileira de Tênis e Federações
Estaduais, subordinados ao Conselho Nacional de Desportos.
Atualmente o tênis deixa de ser um simples esportes para se
tornar um acontecimento internacional, através dos diversos
torneios disputados pelo mundo, acompanhados por milhões de
pessoas.
Os prêmios, patrocinadores e tenistas (verdadeiras
personalidades internacionais) também colaboram para a festa que
o tênis moderno efetivamente se transformou.
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